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Maurício Tolmasquim, novo executivo de Estratégia da Petrobras, é velho conhecido do setor bioenergético

Maurício Tolmasquim, novo executivo de Estratégia da Petrobras, é velho conhecido do setor bioenergético

Tolmasquim foi presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal de planejamento vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), de 2004 a 2016, nos governos Lula e Dilma Rousseff

No começo de abril deste ano, Maurício Tolmasquim assumiu como gerente executivo de Estratégia da Petrobras, área responsável por elaborar os planos plurianuais de investimento e planejamento de longo prazo da companhia. É uma gerência executiva ligada à Presidência da Petrobras.

Mestre em Engenharia de Planejamento Energético pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maurício Tolmasquim é professor titular da COPPE/UFRJ. Tolmasquim foi presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal de planejamento vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), de 2004 a 2016, nos governos Lula e Dilma Rousseff. Também foi secretário executivo de Minas e Energia.

Neste período todo, teve grande ligação com o setor bioenergético, em momentos foi muito elogiado, em outros, detestado. Pois esteve presente nos momentos da grande expansão canavieira e da grande crise do setor.

Novamente, a cana e suas energias renováveis cruzam com Tolmasquim, que tem participado ativamente dos debates sobre transição energética, estratégia em que o novo comando da Petrobras tem indicado a necessidade de reposicionamento da companhia.

Por exemplo, ele é crítico à contratação de térmicas a gás na base, previstas na Lei 14.182/2021, da privatização da Eletrobras. A lei obriga a contratação de 8 GW de geração termelétrica inflexível, em regiões que não são atendidas pela infraestrutura de gás natural. Para Tolmasquim, trata-se de uma irracionalidade ambiental e um crime ao consumidor de energia.

Tolmasquim se posiciona como apoiador das energias renováveis, defende que o Brasil precisa melhorar o uso de políticas para entrada de novas fontes na matriz. Mas o setor bioenergético espera que esse apoio não se restrinja às energias eólica e solar, que a biomassa, o etanol, enfim, as soluções de energia renovável geradas pela cana sejam valorizadas.


Foto: Maurício Tolmasquim assume área responsável por plano estratégico da Petrobras. (Foto: José Cruz/Agência Senado)

Fonte: Cana Online

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