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Incêndios, seca e geadas têm impactado negativamente no TCH e ATR, resultando em uma oferta mais apertada de açúcar e etanol na safra 2025-2026 na principal região produtora brasileira, a Centro-Sul. Estimativas da SCA Brasil apontam para uma redução significativa, com uma moagem de 588,5 milhões de toneladas, queda de 5,4% em relação à safra anterior.

A projeção atualizada foi apresentada pelo CEO da SCA Brasil, Martinho Ono, juntamente com o head de Inteligência de Mercado da SCA Brasil, Renan Santos, para executivos do UBS Group em um evento virtual, realizado no dia 17/07. Segundo Ono, o aumento posiciona o etanol de milho como peça-chave, representando cerca de 27% da produção total do biocombustível.

Diante da disponibilidade reduzida de cana, a SCA Brasil projeta que os produtores vão continuar priorizando a produção de açúcar, ampliando para 50,1% o percentual de cana destinado à produção do adoçante. “No entanto, com a queda de 15% nos preços do açúcar e a valorização do real, em algumas regiões, o etanol já é negociado com vantagens sobre o açúcar, limitando o potencial de mudança no mix de produção”, analisa o executivo.

Ono acrescenta que a demanda por etanol no ciclo Otto permanece robusta, crescendo 1,8% ao ano. As vendas de gasolina C estão em alta, enquanto o etanol hidratado registra uma leve queda. O etanol ainda é mais barato do que a gasolina, mas o desconto diminuiu em comparação com o ano anterior. “Essas dinâmicas sublinham a complexidade do cenário atual, exigindo estratégias ágeis e adaptativas dos produtores para navegar pelos desafios da safra 2025-2026“, concluiu o CEO da SCA Brasil. 

Fonte: SCA Brasil