Canaviais aguardam nova colhedora que promete corte com qualidade, mas maior velocidade

A Jacto prepara a colhedora HOVER 500 que se encontra em fase de testes finais de campo, que visam conferir a durabilidade da máquina e de seus componentes
Há quem diga que a colheita mecanizada de cana no Brasil já é um tema dominado, mas há os que defendem que ainda há muito o que melhorar e que novas tecnologias são muito bem-vindas. Com o foco nesta tese de melhoria na colheita de cana, a Jacto prepara a sua colhedora HOVER 500 projetada para colher duas linhas de cana simultaneamente, na mesma velocidade praticada pelas colhedoras de uma linha convencionais.
Além de ser possível colher até o dobro de cana por hora trabalhada, essa configuração reduz a compactação do solo, uma vez que o tráfego da colhedora ocorrerá de forma alternada sobre as entrelinhas, coincidindo com os rastros feitos pelos tratores e transbordos.
Segundo o gerente de negócios colhedora de cana da Jacto, Adilson Bazucco, um dos destaques da máquina é sua plataforma de colheita. “A ideia é contar com uma estrutura independente do chassi da máquina. Dessa forma, o conjunto de corte de base e os divisores de linhas acompanham os movimentos do solo.”
Ele explica que o acionamento dos movimentos da plataforma de colheita é feito pelos cilindros de cópia, em respostas ao controle de cópia do nível do solo. “Uma das grandes virtudes dessa configuração é poder incorporar o movimento transversal à máquina que confere flexibilidade maior para trabalhar em terrenos com declives laterais. Especialmente para colheita de duas linhas esse é um recurso muito importante.”
Os equipamentos de corte e alimentação se movimentam de modo independente e automática em relação à máquina, se adaptando às variações do perfil do solo
A HOVER 500 pode colher nos espaçamentos 1,4m e 1,5m; possui três modos de operação: cópia (controle automático), manual e transporte; e conta com setups de altura de corte, força sobre o solo (sensibilidade) e pressão de CB. “Essas características permitem uma excelente qualidade de corte nas duas linhas colhidas, baixo índice de perda e alta preservação da soqueira.”
Na parte frontal da máquina, destacam-se os divisores externos que, quando não estão trabalhando, podem ser desligados para economia de energia e redução do desgaste; e os dois conjuntos de corte de base, que podem ser ajustados de forma angular em 11°, 14° e 17°. Já os rolos alimentadores possuem ajuste de rotação e largura dupla, permitindo assim alta capacidade de alimentação, visando atingir a mesma velocidade de trabalho das máquinas de uma linha.
Confira os diferenciais da HOVER 500, nova colhedora de cana da Jacto
O picador também é de alta capacidade. Ele conta com oito facas por rolo (quatro posições com facas duplas). O acionamento é feito por correias e sua estrutura é modularizada, montada sob coxins, para atenuar as vibrações sobre a estrutura da máquina. “Já a ventilação da colhedora é gerada por dois ventiladores radiais sopradores, em um arranjo que permite limpar a cana em dois estágios, dentro da câmara de limpeza. Isso confere maior eficiência de limpeza, otimizando o consumo de combustível, se comparado ao sistema convencional por exaustão.”
Atualmente, a HOVER 500 se encontra em fase de testes finais de campo, que visam conferir a durabilidade da máquina e de seus componentes. A colhedora será comercializada para a safra 2022.
Fonte: CanaOnline